quarta-feira, 27 de julho de 2011

Arrumações

É coisa que não gosto de fazer, nunca faço planos para as fazer.
Simplesmente há um dia que dou por mim e já estou em pleno acto.
Com a vida acontece-me praticamente o mesmo.
Adiar, protelar, procastinar são verbos que explicam o suplício, que é para mim mudar,
seja o que for!
Sou touro e, por muito que goste de surpresas e seja dada a aventuras, há certas coisas que prefiria ter como garantidas.
Nada é.
E apesar de saber disso, sou assim.
Ontem foi a última vez que estivemos lado a lado a contar a mesma história.
(nunca foi a nossa história reconheço... era comum, mas completamente individual...)
Foi um adeus levado ao de leve, minimizado, evitado... não concretizado..
Há sete anos e três blogs atrás nascia o que ontem abandonaste sem emoção.
Também não mostrei a minha...
(duas horas de actuação sem uma palavra da tua parte..)
Se não fossem as dívidas mandava-vos uma mensagem a dizer que já não vinha e pronto..
foi o teu discurso no dia que anunciaste que ias sair do projecto.
Acredito que pensasses que era o nosso fim,
acredito que o que te tenha feito mais confusão foi a rapidez com que te substituimos.
Tu, que sempre te achaste mais que os outros, o melhor!

Um adeus sem lágrimas, pela porta dos arrumos.
Todos tinham visto com receio o início da nossa relação prevendo isto.
Na altura disseste que não.
Acho que foi: Profissional, a palavra que utilizaste.

Sinto a vida a arrumar-se.
Vejo as peças a encaixarem-se com meiguice
Talvez por não lhes oferecer resistência ...

 Sempre gostei de dormir numa cama acabada de fazer.

2 comentários:

  1. mesmo os que olham muito para si mesmos dependem dos outros para se valorizar... se ele se achava o melhor talvez fosse porque houve alguém que nunca deixou de dar importância ao que ele fazia.

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  2. na muje vício... ou muxe.. (nunca percebi esta expressão)

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